quinta-feira, 6 de maio de 2010

TEJUBODE 2010


PROGRAMAÇÃO OFICIAL - TEJUBODE 2010

SEXTA-FEIRA (21/05/10)
LUIZINHO DE IRAUÇUBA / DEDIM GOUVEIA / LEO MAGALHÃES / TOCA DO VALE / MARCIA FELIPE

SABADO (22/05/10)
KBRAS DA PESTE / JOSÉ AUGUSTO / FORRÓ SACODE / FORRÓ ARRETADO

DOMINGO (23/05/10)
FORRÓ DOS PLAYS / FORRÓ DO BOM / FORRÓ REAL / MOLEKA SARADA / BALANÇO SENSUAL

MUITA ANIMAÇÃO, SEGURANÇA E UMA SUPER ESTRUTURA!
ENTRADA GRATUITA!

REALIZAÇÃO: PREFEITURA MUNICIPAL DE TEJUÇUOCA
E GUTO MOTA PRODUÇÕES

domingo, 28 de março de 2010

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Informativo do Vereador Guto Mota


Página 01

Página 02

Página 03

Página 04

Informativo do Vereador Guto Mota
Tiragem: 1.000 / Ano: 2009

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Fotos Tejubode 2009

Festival Gastronômico do Tejubode

Reportagem - TEJUBODE 2009 - Diario do Nordeste


Reportagem do Jornal Diario do Nordeste - Caderno de Turismo
24 de Julho de 2009

TEJUBODE 2009

Fotos Tejubode

TEJUBODE - Caso de Sucesso

Escrito por Carlos Viana Freire Júnior, analista do SEBRAE/CE.


O município de Tejuçuoca, situado na região norte do Estado do Ceará, a 144 Km da Capital Fortaleza, possui uma extensão de 801 km2. Seu nome origina-se do tupi e significa lugar onde residem os teiús (lagartos) grandes, animais habitantes das terras indígenas. O município emancipou-se em 1988. Desde então, tem apresentado dificuldades para gerar alternativas de ocupação e renda à população, a maioria de baixa renda. A desarticulação dos produtores e a falta de profissionalismo do setor mantinha o município com poucas perspectivas de se desenvolver economicamente. Prejudicada por morar em uma das regiões mais secas do País, a maioria das famílias vivia da agricultura de subsistência, sobretudo do cultivo de milho e feijão. Até 1990, o algodão era uma cultura relevante que ainda contribuía para a economia, quando, então, passou a sofrer uma grande queda na produção em razão da praga do bicudo, desestimulando muitos produtores. Mesmo possuindo belezas naturais, entre elas uma visitada caverna denominada Furna dos Ossos, conhecida pelas suas inscrições rupestres, a cidade não estava organizada para aproveitar as oportunidades relacionadas ao turismo. Isso também se aplicava aos demais setores produtivos, inclusive a agricultura e a pecuária, predominantemente de subsistência. Nas propriedades rurais, os poucos ruminantes que existiam eram considerados animais de criação, destinados à alimentação dos moradores e, ocasionalmente, para venda na feira livre para a compra de medicamento ou alimento no pequeno comércio local. Como a maioria dos municípios brasileiros, mais notadamente os da Região Nordeste, Tejuçuoca sempre se caracterizou pela grande dependência dos recursos públicos para garantir os salários de sua população, que eram ainda complementados com os recursos de aposentadoria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Essa característica se ressaltava mais ainda pela dependência de seu município-mãe, Itapajé, o que desafiava Tejuçuoca a trilhar caminhos próprios. Mesmo tendo conquistado sua emancipação, continuava dependente economicamente de seu município de origem, pois não possuía bancos, posto do INSS e comércio estruturado. A população recebia seus rendimentos em Itapajé, que possuía estrutura de comércio e absorvia grande parte das compras locais. Um dos moradores que se destacou foi João da Silva Mota Filho. De família tradicional do Vale do Curu, ele nasceu na localidade de Caxitoré, antes Distrito de Itapajé. Com o falecimento de seu pai, precisou voltar a Tejuçuoca para assumir os negócios da família. João Mota começou a trilhar o caminho da política em 1985, concorrendo ao cargo de vereador em Itapajé, quando começou a trabalhar para a emancipação de Tejuçuoca, alcançada ao final de 1987. Foi eleito prefeito, tendo exercido três mandatos, dois deles consecutivos. Em 1994, João tomou conhecimento do estudo do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) sobre alternativas para o semi-árido, com destaque para a pecuária de pequenos ruminantes. No início de seu segundo mandato, em 1997, ele firmou um propósito de redirecionar os caminhos do município de Tejuçuoca. A ausência de atividades produtivas que pudessem reduzir a dependência dos recursos públicos e promover socialmente o município levou João Mota a trabalhar na elaboração de um projeto de desenvolvimento sustentável.

"O grande salto de Tejuçuoca foi a população acreditar na liderança, acreditar em mim".
João da Silva Mota Filho, ex-prefeito de Tejuçuoca

Ainda não se sabia exatamente o que fazer para iniciar o trabalho, pois, além das belezas naturais e da vontade da população em desenvolver atividades produtivas, não se percebiam grandes oportunidades para o de desenvolvimento local. Era clara a necessidade de geração de novas alternativas de trabalho para a população. Porém os recursos eram escassos no município, emancipado havia pouco mais de dez anos.
O SEGREDO DA CAVERNA
A região do Vale do Curu há alguns anos já vinha trabalhando no fortalecimento da integração dos municípios do território. Em novembro de 2000, numa das reuniões regionais, ocorrida em Itapajé, João Mota chamou a atenção de representantes das instituições presentes, mais diretamente o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Ceará (Sebrae/CE), para o potencial turístico de Tejuçuoca. Naquela oportunidade foi agendada uma primeira visita técnica ao município com o objetivo inicial de conhecer seu potencial turístico, mais precisamente o conjunto de cavernas da Furna dos Ossos. João Mota percebia que as belezas naturais poderiam atrair a atenção para o município, mas não iriam resolver todo o problema. Também sabia que vivendo no semi-árido seus conterrâneos deveriam buscar alternativas para essa realidade.
A GALINHA QUE SALVOU O BODE
Como desenvolver outras oportunidades para uma população predominantemente rural, com fortes raízes na agropecuária de subsistência? Buscando caminhos para solucionar essa situação, João Mota acabou decidindo, juntamente com sua equipe de governo, elaborar um plano de desenvolvimento sustentável, priorizando a criação de infra-estrutura para que Tejuçuoca pudesse desencadear seu processo de crescimento e desenvolvimento como possibilidade de investimento em quatro anos. Em junho de 2001, reuniram-se todos os setores da comunidade para avaliarem as potencialidades que poderiam gerar ocupação e melhores condições de vida para a população, até então com poucas perspectivas de negócio. Elaborado o Plano de Desenvolvimento Sustentável, o poder público municipal tinha como próximo desafio consolidar parcerias que viabilizassem sua execução, considerando primordialmente a promoção do desenvolvimento local e adotando como vetores a estruturação da política de turismo, a revitalização do artesanato local e a retomada da criação de pequenos animais, especialmente a ovinocaprinocultura. O poder público e a sociedade civil tinham pela frente um longo caminho a percorrer rumo ao crescimento de Tejuçuoca. Para a execução do plano, importantes parcerias foram firmadas. Uma delas, com o Sebrae/CE, garantiu a capacitação de todos os segmentos contemplados no plano, por meio de cursos como Liderar, Líder Cidadão e Saber Empreender. Outras entidades que se envolveram no trabalho foram o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Ceará (Senar/CE) e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC), parceiras nas ações de organização e capacitação dos produtores no meio rural. Outros cursos para micro e pequenos empreendedores e grupos de produção foram desenvolvidos, como: formação de guias turísticos, confecção de brinquedos em madeira, culinária regional e hotelaria, além da assessoria para a instalação de um projeto direcionado à hospedagem domiciliar. Dessa iniciativa surgiu a implantação de uma pousada na localidade de Retiro, Distrito de Caxitoré. Ela oferecia excelente infra-estrutura para atender a turistas ou grupos de profissionais que procuravam espaços para eventos e encontros de confraternização, ou ainda famílias. Faltava ainda engajar um último segmento produtivo, também de grande importância para a economia local: os criadores de animais de pequeno e médio porte, com destaque para os ovinocaprinocultores. O primeiro passo deu-se com a reestruturação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural, por meio da contratação de técnicos agrícolas, veterinário e agrônomos e a formalização de uma parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Ceará (Ematerce) para garantir a manutenção de ações direcionadas a atender aos produtores e criadores rurais. A parceria com o Sebrae/CE e a Ematerce permitiu ainda a capacitação dos profissionais, criadores e produtores, a fim de facilitar o acesso ao crédito e a execução dos projetos acompanhados pela secretaria. Com a vinda da Universidade Solidária (Unisol), a partir de janeiro de 2001, concretizaram-se a visibilidade das ações e a criação de uma identidade entre as políticas públicas, o município de Tejuçuoca e a cultura local. Uma logomarca foi criada na forma de um brasão, lembrando dois bodes de perfil. Uma das principais ações previstas para o desenvolvimento da ovinocaprinocultura foi a realização de um evento anual que mobilizasse a comunidade e atraísse a atenção da região e até do Estado. Surgiu, assim, a idéia de uma feira/festa de ovinos e caprinos como estratégia de divulgação de Tejuçuoca e de desenvolvimento local. O nome deveria causar grande impacto. Pensou-se em Tejubode, híbrido do nome do município com bode, animal característico das regiões do semi-árido e considerado símbolo da cidade. A partir daí surgiu o Projeto Tejubode. O Projeto seria mais que uma feira ou festa, seria uma idéia para captar recursos e novas parcerias a fim de concretizar o Plano de Desenvolvimento Sustentável do município. Importante ressaltar que, embora o projeto da feira contemplasse indiretamente a toda a população local, o Tejubode voltava-se diretamente aos produtores e criadores rurais, artesãos e pequenos comerciantes de Tejuçuoca, perfazendo 70% da população economicamente ativa. O grande desafio foi desenvolver na comunidade uma cultura de profissionalismo na criação de caprinos e ovinos, bem como tornar a ovinocaprinocultura uma alternativa viável de geração de renda no meio rural, inserindo outros segmentos da cadeia produtiva. Idealizada em meados de 2001, a primeira edição do Projeto Tejubode ocorreu em abril de 2002 e deu origem a uma grande feira que mobilizou a população de Tejuçuoca e atraiu visitantes de toda a região e do Estado do Ceará. Com a motivação da comunidade e o esforço da equipe de trabalho, a feira foi realizada no centro da cidade, onde foi montado, de forma rústica, um grande curral improvisado. A comunidade transformou em realidade o desejo coletivo de marcar aquela festa no coração de seus visitantes. Lotada, a pequena Tejuçuoca teve dificuldades em garantir hospedagem e alimentação aos turistas. Na primeira edição o índice de visitação ficou acima da expectativa. Esperava-se que 4 mil pessoas fossem ao evento, mas, já no primeiro dia, esse número chegou a 5 mil. A feira atraiu, ao todo, 10 mil visitantes. Logo no primeiro dia foram consumidos todos os animais abatidos para o evento de três dias e a solução foi oferecer aos visitantes outras iguarias tão deliciosas quanto tradicionais como a galinha caipira, prato típico da região.
SAUDAÇÕES "BODÍSTICAS"
Aprendendo com a experiência da Tejubode, o município começou a avaliar as fragilidades que deveriam ser superadas para fortalecer a iniciativa. Com o sucesso da feira, a população motivou-se a apostar na ovinocaprinocultura, buscando investir na atividade. João Mota foi um dos primeiros a inserir em suas propriedades produtores e matrizes voltados à produção de leite. O então secretário municipal de Agricultura, Haroldo Mota, foi outro que adquiriu animais. Vários produtores de Tejuçuoca começaram a trabalhar de forma mais profissional. Após a Tejubode, João Mota encontrou-se com o então prefeito da cidade de Cabaceiras (PB) durante a Exposição de Sobral e tomou conhecimento de evento semelhante – a Festa do Bode Rei, realizada em Cabaceiras. A informação despertou seu interesse em conhecer o município e a estrutura do evento. Em junho de 2002, foi programada uma missão técnica aos municípios de Cabaceiras e Monteiro (PB), que viam na ovinocaprinocultura uma atividade capaz de criar oportunidades de trabalho para a comunidade, desde a criação de animais até o intercâmbio com outros setores como turismo e artesanato. Nessa visita, João Mota e os demais participantes ficaram encantados com a força dessa gente que, em condições menos favoráveis, buscavam oportunidades nas suas raízes de produtores rurais e pecuaristas. Ao voltarem para Tejuçuoca, já imaginavam como desenvolver um trabalho de mobilização da população, tanto rural quanto urbana, não se esquecendo das adversidades que teriam pela frente. Trabalharam e obtiveram como resultado o Projeto Tejuçuoca: mais que uma festa, uma idéia de desenvolvimento. Como foco no potencial da ovinocaprinocultura, a administração municipal conseguiu sensibilizar vários parceiros,como a Unidade de Caprinos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Caprinos), a FAEC, o Senar/CE, a Secretaria de Agricultura Irrigada (Seagri), o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), o BNB, o Banco do Brasil e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Por meio dessas parcerias, várias ações estruturais foram realizadas, iniciando pelas capacitações em manejo, que visavam preparar os produtores para lidar com os rebanhos de forma mais profissional e, conseqüentemente, mais eficiente. Ainda em 2002 os prefeitos dos municípios do Vale do Curu foram sensibilizados para a idéia de revitalização da Associação dos Municípios do Vale do Curu e Serra de Uburetama (AMVCSU), com o objetivo de fortalecer o artesanato e o turismo no local conhecido como Vale dos Três Climas – praia, serra e sertão. Visando criar a infra-estrutura necessária para garantir a sustentabilidade do município, João Mota, trabalhava com sua equipe na articulação de ações estruturais e na mobilização de parceiros e atores locais. Verificou-se a necessidade de mapear as capacitações para contribuir com a formação do capital social necessário ao desenvolvimento do município. Até 2002 existia a preocupação com a melhoria da infraestrutura e de capacitação. No entanto, as necessidades dos setores eram identificadas de maneira aleatória, ouvindo-se as demandas dos diferentes grupos, sem uma metodologia adequada que definisse as prioridades que gerariam impacto na coletividade. Para a realização da segunda edição da Tejubode, João Mota percebeu que a estrutura física oferecida não poderia ser a mesma. Pensando assim, ainda em 2002, começou a articular com o governo estadual a construção de um parque de exposições no município. Já em 2003, ainda sem uma definição da liberação dos recursos para a construção do parque, João Mota decidiu montar a nova estrutura destinada à feira, com recursos próprios do município, e transferir a realização da Tejubode para o local onde seria construído futuramente o Parque de Exposições de Tejuçuoca. Faltando dois meses para a realização da Tejubode, que seria em maio de 2003, a prefeitura priorizou a construção de muros, o plantio de mudas, a limpeza do terreno e a preparação de estruturas provisórias para abrigar expositores e animais. Buscando criar na Tejubode um ambiente acolhedor aos visitantes, João Mota instituiu aquilo que se tornou o principal bordão da cidade, um cumprimento aos participantes da feira. Sempre que encontrava com as pessoas fazia questão de repetir: "Saudações bodísticas, meu caro amigo!" A 2ª Tejubode foi realizada em maio de 2003, no local destinado ao parque, ainda com uma estrutura mínima, montada com barracas desmontáveis de lona plástica. No 1º dia do evento, uma grande ventania derrubou três das seis estruturas montadas. A equipe ergueu novamente as estruturas danificadas. Os tejuçuoquenses com sua alegria queriam tornar a 2ª edição da feira melhor que a 1ª. E foi isto o que ocorreu, superando algumas dificuldades encontradas em 2002, com uma equipe mais experiente e melhor preparada. Logicamente, adversidades surgiram, como a indisponibilidade dos produtores do município de atender a toda a demanda de carne caprina e ovina para os visitantes que se concentravam nos dias de evento, a falta de estrutura para hospedagem dos visitantes, a ausência de restaurantes que possibilitassem condições adequadas de alimentação e a falta de experiência da equipe de trabalho na realização de eventos. Contudo, o esforço dos produtores e da equipe envolvida na realização da feira minimizou as insatisfações, evitando assim um desgaste maior. Ainda em 2003 surgiu uma nova proposta ao município, vinda de um parceiro já atuante. O Sebrae/CE e o Sistema Faec/Senar implantaram um projeto com duração de quatro anos, que objetivava contribuir para a estruturação da Cadeia Produtiva da Ovinocaprinocultura do município. A atuação do Sebrae/CE na ovinocaprinocultura, por meio do Projeto Aprisco, despertou nos municípios mais carentes um caminho para a geração de oportunidades de trabalho no campo, tornando mais profissional o manejo de animais historicamente relegados a segundo plano, mostrando ser possível e ser viável a ovinocaprinocultura no semi-árido nordestino. Em Tejuçuoca, o projeto foi estruturado ao final do ano de 2003, tendo sido implantadas as ações no início do ano seguinte. No diagnóstico para implantação do projeto, percebeu-se a necessidade de capacitar todos os produtores interessados nas áreas técnica e de gestão. As capacitações estavam voltadas para o aprimoramento de diversas técnicas (manejo sanitário, manejo alimentar, manejo reprodutivo, processamento de carne caprina), além de questões gerenciais (treinamento gerencial básico rural, consultoria gerencial, associativismo, capacitação rural e empreendedora). Pela necessidade de propiciar aos atores envolvidos no desenvolvimento da ovinocaprinocultura no município outras experiências, foram planejadas e realizadas várias viagens para conhecer lugares e eventos relacionados à atividade. Sabendo do trabalho desenvolvido em Cabaceiras, João Mota solicitou que o projeto contemplasse a viagem de produtores e profissionais do município para conhecer a cidade paraibana, bem como Monteiro. Além disso, foram realizadas viagens a Quixadá (CE) para conhecer o maior abatedouro/frigorífico de caprinos e ovinos do nordeste (Frigorífico Pé de Serra) e visitas a feiras e exposições do Ceará, como Exponorte, Expoece e outros eventos relevantes, além do PecNordeste, um seminário de difusão tecnológica da pecuária, de abrangência nacional, realizado anualmente em Fortaleza (CE).
É PLANTANDO QUE SE COLHE
Tejuçuoca tornou-se conhecida no Ceará como a Terra do Bode, mobilizando sua população para as oportunidades de negócio da ovinocaprinocultura, como desenvolvimento de profissionais para abate e preparação das mantas de carne e implantação de restaurantes especializados na carne caprina e ovina. Além disso, a ovinocaprinocultura tornou-se ícone do artesanato local. O evento Tejubode se consolidou, ocorrendo em edições anuais. A construção do parque de exposições, em 2003, possibilitou a realização mensal de feiras de animais, gerando maior integração dos produtores e compradores da região. Visando implantar uma cultura de produção de leite caprino no município, João Mota buscou inserir o produto na merenda escolar, criando canais de comercialização que viabilizassem a estruturação do setor. Entretanto, mesmo com a garantia de compra, os produtores hesitavam em investir na atividade, até então desconhecida. Para conseguir a adesão dos criadores, o próprio João Mota adquiriu alguns animais de aptidão leiteira. Era necessário também englobar o segmento produtor de carne caprina. Para isso, a prefeitura se empenhou em estruturar o abatedouro municipal, disponibilizando-o aos criadores de Tejuçuoca e oferecendo acompanhamento técnico de veterinário para garantir a qualidade da carne. Ainda assim, faltava uma estrutura para o processamento dessa carne. Foi então que a prefeitura buscou o apoio da Embrapa Caprinos, que desenvolveu um projeto-piloto aprovado e financiado pelo BNB para implantação de três unidades de processamento de carne caprina, dentre elas a de Tejuçuoca. Em junho de 2006, a carne passou a ser processada no próprio município, abastecendo a merenda escolar e evitando a importação de produtos de outras regiões do País, com sua aquisição viabilizada com recursos da Conab.
A MULTIPLICAÇÃO DOS BENEFÍCIOS
Com a realização das duas primeiras edições da Tejubode, respectivamente em 2002 e 2003, vários resultados foram alcançados, contribuindo para significativas mudanças econômicas e sociais em Tejuçuoca. A construção do parque de exposições foi uma conquista da população. Considerado um dos melhores do Estado do Ceará, tinha capacidade para receber 20 mil visitantes e funcionava como sede do evento e de outros projetos desenvolvidos no município. Observou-se uma visível melhoria da renda local, constatada pelo número de estabelecimentos comerciais e pequenos empreendimentos locais (restaurantes, armazéns, magazines, pousada, segmento), que cresceu em torno de 60% no período compreendido entre a realização da 1ª e da 2ª edição do evento. Viabilizou-se a realização de cursos em parceria com o Sebrae/CE e a Secretaria Estadual de Educação Básica (Seduc) para engajar os adolescentes em ações empreendedoras voltadas à conscientização acerca do 1º emprego, trabalho e renda. Um posto de atendimento do Banco do Brasil tornou-se agência, ampliando o acesso dos moradores a serviços financeiros. Houve um aumento do número de artesãos acompanhados pelo poder público e engajados em programas de crédito para a aquisição de matérias-primas e comercialização de seus produtos. De 87 artesãos atendidos em 1998, o número passou para 207 cadastrados em 2006, com cargas horárias semanais. Valorizou-se a culinária regional, à base de carne de bode, com a implantação de um restaurante-escola. Além disso, foram capacitados 22 proprietários de pequenos restaurantes e bares e foi financiada a ampliação de pequenos comércios no município e no distrito de Caxitoré. Também foi instalado em Tejuçuoca um curtume que viabilizou o resgate da cultura do couro de bode na confecção de bolsas, cintos, chapéus e acessórios de moda, beneficiando 25 artesãos. Além disso, numa parceria com a Universidade Estadual do Vale do Acaraú (UVA), foi criada a Faculdade de Zootecnia, com curso de duração de três anos, que funcionava no espaço do parque de exposições todo final de semana. Direcionada a criadores de rebanhos de ovinos e caprinos, a faculdade visava capacitar 50 produtores e criadores dos municípios da região do Vale do Curu. O Projeto Aprisco beneficiou diretamente 80 produtores, acompanhados de um agrônomo, um veterinário e técnicos agrícolas, profissionais disponibilizados exclusivamente para esse fim por meio da parceria com o Sebrae/CE, a FAEC e o Senar. A criação da Associação de Produtores e Criadores de Ovinos e Caprinos do Vale do Curu gerou benefícios imediatos a 35 empreendedores. No âmbito social, parceria com a organização não governamental (ONG) Associação de Ação e Cidadania Roque Silva viabilizou a implantação de um projeto voltado à geração de renda e acompanhamento psicossocial de adolescentes entre 15 e 17 anos em situação de risco. Os beneficiários foram capacitados pelo Sebrae/CE e passaram a produzir peças bordadas a mão, brinquedos e objetos de madeira voltados para os turistas que visitavam o município e outros mercados como o de Fortaleza e centros urbanos das regiões Sul e Sudeste do País. Os adolescentes recebiam uma bolsa de incentivos e eram acompanhados na escola. A partir deste grupo, 40 jovens passaram a formar grupos de produção. Outros grupos especializados na produção de peças em patchwork6, bordado a mão e fabricação de bonecas artesanais foram organizados nas comunidades de Retiro, Monte Carmelo, Laura Muquém e Açude, beneficiando 42 jovens. Foi implantado ainda um grupo de aprendizagem para confecção de bonecas de pano que atendeu 30 adolescentes na comunidade de Açude e 20 adolescentes da comunidade de Monte Carmelo, todos capacitados pelas bordadeiras e por uma artesã local fabricante de bonecas. Enfim, para registrar a importância da ovinocaprinocultura no município, foi apresentado em 2004 o projeto de Lei na Assembléia Legislativa do Ceará, aplicando ao município o título de Capital Cearense do Bode.
MUITAS CONQUISTAS, MAS OS DESAFIOS CONTINUAM
A consolidação do evento Tejubode refletiu o esforço e a realização de diversas ações por parte das instituições parceiras comprometidas, a fim de fortalecer a participação coletiva, a integração da sociedade, o reforço à responsabilidade compartilhada de cada morador pelo desenvolvimento do município. A interligação entre os vários segmentos da cadeia produtiva foi fundamental para o alcance deste objetivo. Os produtores tornaram-se multiplicadores da idéia, atraindo, assim, novos parceiros, além de despertar o interesse dos municípios vizinhos em investir no mesmo modelo de mobilização e organização do setor que consistiu em primeiro planejar e depois sensibilizar os parceiros. Durante as edições da Tejubode e as feiras de animais mensais, procurou-se disseminar as técnicas utilizadas e tornar mais forte a cultura do caprino e do ovino na comunidade, apresentando-a como uma alternativa de melhoria da renda não só no meio rural, mas também na zona urbana, por meio da agregação de valor, da gastronomia, do artesanato e do turismo rural. A Tejubode passou a fazer parte do calendário oficial de feiras agropecuárias do Ceará. Foi a consolidação de um evento que construiu novos rumos para o progresso do município, tornando-se um instrumento de desenvolvimento continuado e sustentável da população. Tejuçuoca ainda tem desafios para superar, como o baixo nível de renda da população, a necessidade de desenvolvimento de atividades que contribuam para a agregação de valor aos produtos da região e um maior profissionalismo nas atividades rurais desenvolvidas no município. Assim, seria necessário um trabalho futuro contínuo para o constante desenvolvimento do território e de sua população.

LINK: http://www.casosdesucesso.sebrae.com.br/casosucesso/casosucesso_item.aspx?Codigo=293

TEJUBODE - Uma Marca Registrada Guto Mota Produções

São muitas as razões para você conhecer Tejuçuoca, município da região norte do Estado do Ceará, a 144 km de Fortaleza, que adotou o bode como marca e estratégia de progresso.

Tejubode - Feira de Ovinos e Caprinos de Tejuçuoca-Ce. Mais porque esse nome? Tejubode é a mistura do nome da cidade "Tejuçuoca" com o animal bode, animal criado pela maioria dos produtores rurais do município. Esse nome foi criado em 2001 quando a Prefeitura de Tejuçuoca, na pessoa do prefeito João Mota, resolveu fazer a 1ª Feira de Ovinos e Caprinos de Tejuçuoca, mais não queria criar apenas uma feira e sim uma grande feira que desde o começo fosse diferente e para fugir um pouco do padrão, por isso criou-se o nome TEJUBODE. No inicio o nome parecia um pouco estranho, mais graças a esse nome "diferente" e uma estratégia de marketing planejada e eficiente conseguimos atrair os grandes meios de comunicação. Desde 2002 o Tejubode está no calendário oficial de eventos do Ministério da Agricultura e da Secretaria de Agricultura do Estado do Ceará. E na sua 8ª edição, o Tejubode já é um evento conhecido nacionalmente e com a presença dos melhores animais do norte-nordeste, alem de ser uma feira com grande numero de animais expostos. Parque de Exposições Joãozão, considerado um dos melhores do Estado, com capacidade para 50 mil visitantes, estacionamento para 2.000 carros, 04 restaurantes, 12 Quiosques de alimentação, amplo espaço para realização de palestras e cursos, Forró do Bode para 20.000 pessoas alem de estrutura de banheiros, limpeza, segurança, etc. Oferecendo excelentes instalações para os animais em exposição, aos participantes dos cursos e também aos forrozeiros. Na 7ª edição que ocorreu em Maio de 2008 teve um numero recorde de negócios. O volume de negócios superou a marca de R$ 1.500.000,00 (Um Milhão e Quinhentos Mil Reais) que é um numero surpreendente para uma feira de animais com apenas 07 anos e que só comercializa ovinos e caprinos. Em 2008 tivemos a presença de 400 empresários rurais representantes de todas as regiões do nordeste e cerca de 5.000 animais expostos. O Tejubode 2008 foi um verdadeiro sucesso e em 2009 na 8ª edição da Tejubode promete ser uma feira ainda maior e com um maior numero de negócios.
Na parte festiva o TEJUBODE 2008 foi um sucesso absoluto, pela primeira vez o evento foi 100% Gratuito – com a mesma qualidade de uma festa pagante – 120 seguranças, 30 banheiros químicos, palco, gerador e som de primeira qualidade. Em 2008 tivemos 03 dias de muito forró com as bandas: Aviões do Forró, Furação do Forró, Nildinha e Amor Cearense, Forró Pop, Chico Pessoa, Waldonys, Dedim Gouveia, Forró Arretado, Forró do Mela Pinto, Forró Balanço Sensual e ainda 12 trios de forró pé de serra. Foram 72 horas de forró sem intervalo. Tivemos um publico circulante estimado em 50 mil pessoas.
O TEJUBODE 2009 vai ser ainda maior com grandes bandas, excelente estrutura, muita segurança, muita diversão e um publico cada vez maior. TEJUBODE uma festa que faz a nossa Tejuçuoca crescer.TEJUBODE mais que uma feira ou festa, uma idéia de desenvolvimento.

TEJUBODE 2009 ... 30,31 de Julho – 01 e 02 de Agosto!